Bom dia. Recomendo a leitura do texto abaixo.
É a reprodução dos pensamentos do criador Joca Calfat no perfil do seu Haras Carrera na rede social Facebook. Trata-se de um pensamento sólido e simples, como aliás deveriam ser todas as coisas... Com certeza será de grande valia para 'quartistas' e criadores de outras raças, já que essa é uma situação que a maioria das raças enfrenta...
"Estou muito
preocupado com a crescente produção de embriões, algo que fatalmente trará
sérios prejuízos a todos, principalmente para a raça Quarto de Milha. Como a
maioria de nós bem sabe, criar animais de qualidade tem suas particularidades
próprias: os cruzamentos têm que ser planejados de modo a potencializar as boas
características das famílias envolvidas. Para tanto, a égua ao ser eleita
doadora tem que merecer difundir seu gene, tendo sido suas duas primeiras mães
boas atletas ou produtoras de animais competitivos. O ideal é que as três
gerações (mãe, avó e bisavó) sejam produtoras comprovadas.
Via de regra: de cada 10 éguas cujos pais são vencedores, somente 02 foram boas atletas ou têm famílias maternas que justifiquem a seleção para o time de doadoras. Portanto, as outras 08 não estão aptas a exercer tal função. Elas podem ser matrizes (carregando no ventre o seu próprio produto) até que provem serem boas mães através dos filhos em competição, daí sim, merecerão propagar seus genes.
Não é raro encontrarmos companheiros que se mostram felizes por sua égua ter lavado 03, 04 (ou até mais!) embriões em uma única Temporada. Meu Deus, ela deve ser excepcional para merecer tamanha regalia!
Se não acordarmos a tempo, todo nosso compromisso com a excelência da qualidade – trabalho de anos, irá por água abaixo, pois o decréscimo da qualidade do plantel brasileiro será fatal!
Deixando a paixão de lado e pensando economicamente, fica fácil fazer a conta: enquanto um animal bom, você vende por cerca de R$ 60 mil, um não tão bom será vendido por R$ 20 mil. Ambos vieram do mesmo ponto, ou seja, apresentam custos iguais. Portanto, se você criar dois medianos, então terá o dobro do gasto para um valor de venda (dos dois juntos) ainda menor do que o bom. Com este cálculo, fica nítido que se você criar e vender três potros “do meio” para fazer o faturamento do “ideal”, as chances de perda são enormes, haja vista que quando você cria o bom, você aumenta a probabilidade de produzir um excepcional, que certamente valerá acima de R$ 100 mil. Isso é inversamente contrário quando você não se preocupa com a qualidade genética e faz uma porção de potros ruins, ficando sujeito a fazer vários cavalos inferiores, que serão vendidos por soma irrisória, fazendo com que você não recupere nem o capital investido.
Hoje em dia o criador não tem mais espaço para amadorismo. Tem que colocar os investimentos no papel, não se esquecendo que os custos de um potro bem criado são altos e você banca-os à vista por três anos e, depois, vende o animal para receber o pagamento em, no mínimo, 24 meses.
Quando chegar à hora da competição, a situação ficará ainda pior. Como dizemos na Corrida, “o cronômetro separa o homem dos meninos”, portanto, produzamos menos, mas sempre com muita qualidade. Desta forma, asseguro-lhe que todos irão se dar bem."
Via de regra: de cada 10 éguas cujos pais são vencedores, somente 02 foram boas atletas ou têm famílias maternas que justifiquem a seleção para o time de doadoras. Portanto, as outras 08 não estão aptas a exercer tal função. Elas podem ser matrizes (carregando no ventre o seu próprio produto) até que provem serem boas mães através dos filhos em competição, daí sim, merecerão propagar seus genes.
Não é raro encontrarmos companheiros que se mostram felizes por sua égua ter lavado 03, 04 (ou até mais!) embriões em uma única Temporada. Meu Deus, ela deve ser excepcional para merecer tamanha regalia!
Se não acordarmos a tempo, todo nosso compromisso com a excelência da qualidade – trabalho de anos, irá por água abaixo, pois o decréscimo da qualidade do plantel brasileiro será fatal!
Deixando a paixão de lado e pensando economicamente, fica fácil fazer a conta: enquanto um animal bom, você vende por cerca de R$ 60 mil, um não tão bom será vendido por R$ 20 mil. Ambos vieram do mesmo ponto, ou seja, apresentam custos iguais. Portanto, se você criar dois medianos, então terá o dobro do gasto para um valor de venda (dos dois juntos) ainda menor do que o bom. Com este cálculo, fica nítido que se você criar e vender três potros “do meio” para fazer o faturamento do “ideal”, as chances de perda são enormes, haja vista que quando você cria o bom, você aumenta a probabilidade de produzir um excepcional, que certamente valerá acima de R$ 100 mil. Isso é inversamente contrário quando você não se preocupa com a qualidade genética e faz uma porção de potros ruins, ficando sujeito a fazer vários cavalos inferiores, que serão vendidos por soma irrisória, fazendo com que você não recupere nem o capital investido.
Hoje em dia o criador não tem mais espaço para amadorismo. Tem que colocar os investimentos no papel, não se esquecendo que os custos de um potro bem criado são altos e você banca-os à vista por três anos e, depois, vende o animal para receber o pagamento em, no mínimo, 24 meses.
Quando chegar à hora da competição, a situação ficará ainda pior. Como dizemos na Corrida, “o cronômetro separa o homem dos meninos”, portanto, produzamos menos, mas sempre com muita qualidade. Desta forma, asseguro-lhe que todos irão se dar bem."
Gostaria de saber a opinião de mais criadores.O campo 'comentários' abaixo está à disposição de todos.
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